Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.
Olá amigo Emanuel
ResponderExcluirUma escolha belíssima. Fernando Pessoa é um ícone da literatura.
Não nos conhecemos... vivemos! Quem sabe de nós é Deus que nos criou. Somos seus filhos e só ele nos conhece verdadeiramente
Beijos
Bom dia meu querido amigo
ResponderExcluirNunca te sintas em solidão...
O afago de uma planta,
o perfume de uma flor,
o carinho de uma amizade
são companhias agradabilíssimas
que estabelecem perfeita sintonia
com o divino Ato da Criação.
Ninguém está só quando usufrui
a presença das criaturas de Deus.
Um domingo abençoado,
Pleno de harmonia e paz.
Beijos no coração
Gracita
Padrinho Amado..
ResponderExcluirLinda musica porém triste hoje se pudesse gritaria ao mundo a dor que estou sentindo .Que o Pai Celestial abençoe nossas vidas ,
e vou tentar seguir em frente , pois sei que tenho vc ao meu lado.
E mesmo distante suas mãos segura a minhas nesse momento supremo.
Vou te amar sempre Padrinho.
Lindo poema amei!!
ResponderExcluirCom tão bela melodia
por aqui eu voltarei...
Obrigada, por esta beleza.
Luisa fernandes
http://poemasdaminhalma.blogspot.pt/